Temor,
algo intrínseco em si!
Sentimento vil a alojar-se
em pensamentos pífios,
a nos tornar senis,
por tormentos bravios…
Temor,
algo intrínseco em si!
Sentimento vil a alojar-se
em pensamentos pífios,
a nos tornar senis,
por tormentos bravios…
Quando, ao tocarmos em nossas dores,
em toques sutis a descobrir gatilhos,
trazemos a nós, pautas de autoamores,
de bálsamos em melodias,
poesias e artes,
no afã de apoiar em seus temores,
e a discutirmos como andarilhos,
qual ser a subjetividade real dessa…
Uma lancinante dor que me alucina,
ou a maneira de pautar essas dores?
Ela sonhara com príncipes, castelos,
magias em amores encantados,
utopias para incrédulos, enfim…
Ele buscara amores, paixões infindas,
e quem sabe de magias idênticas,
por mais incauto que ele fosse…
Porém seguiam seus caminhos,
em dois destinos distintos,
cada qual nos seu,
a procurarem por si só,
algo que neles os tornavam um…
E assim, seguiam meio nonsense,
enquanto cegos em seus desejos,
quiméricos, utópicos, mas ardentes…
Por que proteger-mo-nos de nós,
se já nos buscamos incessantemente,
em sonhos, rezas, dia a dia após!
Deixar então na paz, corações aflitos,
agora afeitos, adstritos como um,
e despir-mo-nos das armas,
e enfrentar em pelo, os conflitos,
e acorrentar tais corações de forma tal,
a pulsar acelerado e uníssono,
alimentando assim as chamas…
ao estarmos por um querer mútuo,
ou de um precisarmos por capricho…
Seriam esses meros sofismas
a nos acomodar em nós,
ou em “stricto sensu”, num desejo,
de não vivermos a sós?
Quiçá, em nossa solitude,
a desatarmos nossos nós!
dicotomizáveis por si só…
Tais como fôssemos solstícios,
cercados por chamas gêmeas,
a iluminar, aquecer, florescer,
ah esses, irritadiços corações…
E nesse turbilhão de ações,
como estão cada qual,
de nossos irrequietos “eus”,
em corações seus?
em uma ansiedade atroz!
Se aqueles olhos que fito,
são do adulto que hoje aconselho,
ou da criança de ontem,
com um querer feroz?
do liberar a voz em ódio,
sem nem pesar a dor do ouvir,
e nem sequer, o não saber não ferir!
Ah… Palavras Iníquas, soltas em fúria,
lançadas ao vento, sem um temor,
como que a quitar pecados passados,
talvez seja está a justa resposta,
do não poder se perguntar por quê…
se te preciso ou te quero,
sob riscos temerosos do trincar,
de corações esculpidos em um amor!
sentido contrário ao meu,
como a empurrar meu peito,
a sufocar desejos do seguir em frente!
Esse vento/tempo contra,
cobra de mim um preço,
que hoje já cansado de pagar,
em silêncio, penso se mereço!
Não… Porque uma coisa me move,
faz parte de mim, e nunca esqueço,
nesse meu silêncio, sigo a cantar,
e nesse simples movimento,
provo que a luz que brilha de nós,
ninguém tem o poder de apagar…
Ao esperar pra ver-te,
os minutos me parecem cruéis,
onde ao olhar o relógio,
horas teimam em passar,
e o tempo, parece retroceder…
Será um outono, que amarela e cai,
sem energia pra seguir?
Será um falso, que ao chegar alucina,
mas que com o tempo, ensina,
que o amor não se engana…
Quisera ser um amor calmo,
desses que chega,
de forma mansa e quente,
arrebatadora e ardente,
a forjar o puro ferro,
de um coração doente,
e se aconchega ao fazer morada,
num lugar, dantes, por ele,
até então descrente…
Ah… Então
É esse amor que encontrei em ti,
e chegou a nós, cativante e silente…
nesses distintos momentos, Sol…
Num instante, a despedir-te,
solitário, luzente em brilho,
ao iluminar um horizonte…
Noutro, por conseguinte,
passa então, o seu palco,
agora, ao estrelato da noite…
qdo o estar contigo se tornou real…
Nesse exato instante,
como que por encanto,
onde até então, perdidos em cantos,
mas que por tornar-se real,
transfez-se excitante!
onde cores pálidas imperam…
Busque um coração em paz,
onde olhos matizados, divisem,
e com brilho, em cumplicidade,
vivem uma história em cores,
de amores intenso e infindo…
as palavras ásperas,
soaram de forma errônea, a doer,
sem ter desculpa, explicação,
que pudessem fazer voltar estragos!
E sem mais, um olhar ao chão,
inclinado o peito, arrependido,
esperando a aceitabilidade do impossível!
Ah, agora aprendeu…
Será?
de dormir em paz,
com um brilhar nos olhos,
sorriso iluminado, largo e radiante!
Onde sonhos juntos, de hoje um sim,
com o iluminar dos passos,
como nunca dantes feitos,
por árduos fardos falsos, enfim…
Mas sem jamais acordar desse sonho,
de viver a “pseudo” utopia de ser Feliz…
Incríveis caminhos que ao cruzarmos,
encontramos peças remetentes,
coincidentes, que se completam em si,
como se consequentes fossem!
E, ao trazer em nós, num fechar de olhos,
um divagar em metáforas não explícitas,
onde, ao costurarmos nossos destinos,
alumbramos pantalhas das nossas vidas,
que, se antes apartados em duo,
ora, inseparáveis, pra sempre uno …