Outra Vez, Nós!

Um piscar triste, do sentir tua falta,
mesmo que, por frações de segundos,
sem poder dizer, por incomodar-te,
dói em mim, profundo e molesto!
Mas o ato de poder sentir, me conforta, 
mesmo estando, num distante perto!
Quem sabe, o dia de minha falta, sentida,
trará vontades, e frases escusas,
onde opostos lados, que já foram um,
retornarão, em olhares atraídos,
ao vislumbre de um lugar em comum!
O outra vez, Nós ...

Frio, e o Calor do Amor!

Ao se apresentar o inverno, 

junto a suas Luas e Sóis ímpares,

sobre nuvens cinzas, ou não, mas, o frio...

Desperta em mim, o louco desejo,

de buscar no teu beijo, teu calor,

e te aconchegar em meus braços,

numa noite fria, de ventos gélidos,

nós, num quarto cálido, 

vivendo o sonho desse amor! 

Deixe Teu Coração Falar!

Se a saudade bater, 

abra as portas do teu coração pra ela!

Se lágrimas umedecerem teus olhos,

deixem-nas enxaguar teus sentimentos,

e abrace com paixão, os motivos!

Se um sorriso, surgir teimoso em teus lábios,

cinja, as lembranças de um tempo,

que hoje, talvez passado, ou ainda não...

Mas se notares, um muito, de um tudo,

ao ler, escutar, pensar, sentir, “re viver”...

Não deixes um resistir preemptivo,

impedir, o realizar de emoções lindas,

por simples caprichos ou teimosias!

Deixe o coração falar, através de teus olhos,

e traduzir, o que tanto temias! 

Sigo Meus Sonhos!

Ah... corro, ligo, procuro, abraço, persisto,
tenho em foco, o que busco, por intenso,
determinando no ritmo, meu caminhar!
Afinal, sonhos não se encerram ao acordar!
Vejo, ouço, leio, choro, sorrio, feliz ou não!
E espero tranquilo, para ver se alcanço!
Paciente, otimista, confiante, silente enfim,
mas peço, que não demores muito no sim,
pois, facilmente me desprendo, e canso!
Sigo então meus sonhos, e afins...

Nos Polos da Emoção!

Encontrei, nos opostos polos da emoção,
vis-à-vis com sentimentos tais,
o fugar de pontos cegos, do meu ser,
e acordar em amores criveis, e assim, os ter!
Descobri, nas brechas oportunas da escrita,
o que minha voz traduz, ao escrever-te!
No afã, que então despertes, 
o teu bater mais forte,
de um coração, ora pálido, 
a pulsar meio sem jeito, 
em reversão, de um estar esquálido, 
ao enxergar, meu coração afeito, 
a tal ponto, de deixar o teu em dúbio,
se assim o fica, ou salta do peito!

Re, In Ventar!

O simples ato de um caminhar ao sol,
algo a me procurar em alguém!
Deixar levar-me ao som do vento,
num movimento, de "Re, In Vento",
em meio ao jogo de alusão, um sopro,
num eterno vai e vem de intento!
Digno de acariciar as dores, de um poeta inquieto,
de modo, a dar-te o que preciso fosse,
a fim que estivesse, até o fim dos tempos, 
nós, entrelaçados nos contratempos,
desses braços, e nesses sonhos, 
que te acalento!

Sorrisos e Olhos Tristes!

Ao escutar a voz do coração,
deixou os "restos" para trás,
levou, tão só as lembranças na mala!
Por não resistir ver tal sorriso triste,
corroborado por aqueles olhos,
em posts, mídias e afins!
De quem, acostumado ele foi, 
em muito, ver a alegria!
Assim, resolveu partir em voo solo!
Voltar, quem sabe, talvez, ou não!

Ao Largar as Amarras!

Gradualmente ele larga as amarras,

as quais teimavam em prender, 

a poderosa nau de sua vida,

a um cais, já sem sentido, 

chamado passado!

Redemoinhos, minaram vazios, 

entre esse cais, e sob sua nau!

Manteve-se, até o impossível,

e só depois se afastou, e se afastou, e...

como un prófugo de nosotros dos!

E agora, lhe resta a vista antiga do cais!

E todo um alto mar, por sua frente!

Num misto, de saudade e desapego! 

O Que Escrevo!

Não escrevo como alusões!
O que aponto, é sobre mim!
São simples relatos, sons, 
palavras num rabisco, expresso!
Sem a intenção de atingir alguém,
a não ser, o meu ser eu!
Pode ainda ser, sobre qualquer alguém,
que assim se assuma,
na posição exposta sobre as linhas,
dos sons aleatórios que saem,
das palavras que escrevo,
e do entendimento, dos que leem!

Conjugação do Ser!

Busquei, durante tempos,
o esse "eu sou"!
Mas, talvez não tenha agradado,
o "quem fui"!
Serão de outras vontades, 
mudar meu ser?
Se sim, perdoem-me,
mesmo que o sejas!
Por assim, jamais!
E independente, por quem for!

O Deixar-se na Emoção!

Quantas vezes deixamos a razão,
no auto de sua racionalidade,
decidir por coisas que não lhe diz!
Frente a um coração em cismas,
por completo, inteiro e irracional,
que mesmo ao tempo, ainda aprendiz!
Então vemos fundo, no espelho d’alma,
e tentamos nos dizer, "nunca às recaídas",
porém, a irracionalidade de uma ação,
conduz ao prumo, esse insensato coração,
a um inesperado voltar àquele, 
àquele coração, que te faz feliz! 

Aconchega!

Confesso, 
que faria de um tudo,

para, num dia chuvoso e frio,

te ter morando, 
definitivamente,

aconchegada, 
dentro do meu abraço!

Chega!

Chega!
Por acepção, um sinônimo de basta,
ou mero intuito de vir pra mim! 
Entendas, que os dois me servem!
Esse, ao te teres comigo, per sempre!
Aquele, por um simples findar,
de uma chama de amor, 
que se apaga e fim!
Tal escolha caberá então, a mim?
Do decidir a qual deles chegar...

Calado Em Fim!

Onde tu estás, que mesmo eu,
ao fechar os olhos, não te vejo?
Me pego então, perdido, louco,
sem uma uma palavra, e sem teu beijo!
A falta do teu cheiro, gosto, 
toque, frases com tua voz, enfim...
me põe em xeque, à prova,
me aprisiona inerte, calado em fim!