terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Num Simples Refletir de Espelho!

Esquecer de mim ao me olhar!
Não me ver, num simples refletir de espelho!
Encontrar meu ontem,
em retalhos de fotos!
Ou não!
Coloridos opacos de tons sóbrios!
Somem de vista ao trancar as imagens,
em gavetas prontas a empoar!
E assim, volto a me buscar,
em goles de Whisky Soda,
ou num simples refletir de espelho!

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Minhas Mãos No Teu Corpo!

Um estranho sentimento!
Minhas mãos sem razão!    
Perdidas ao vento,
longe do teu corpo!
Acostumados que estão,
meus dedos a percorrê-lo!
Este corpo nu
me recolhe aos olhos,
nesse instante oclusos,
sem me ver em ti!


terça-feira, 10 de novembro de 2015

Nós e os Nós!

Não me prendo por meus nós! 
Mesmo que por coerência existam!
Cuide tais, que por tua inépcia, 
prendem sonhos dois!
Se cada qual, 
seus nós deixar dominar, 
difícil será, desatá-los por nós!
Mesmo que com juras eternas,
em momentos de contras e prós!
Mas se assim, difícil for,
sigamos então a sós!

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Dia em Tom Sombrio!

Um dia sombrio,  
tornar um tudo cinza!
Aquele tom quieto,
reservado, plúmbeo!
Deixa meu ser isento
e de pensamento crasso!
Onde o nada
ocupa lugar imenso,
em um lado denso
de coloridos pálidos!
Dando tom triste
à primavera esquálida!



quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Me Vi Calado!

Então me vi calado! 
Não sei, por necessidade,
falta de ideia ou voz!
Sabe lá, detenção em mim!
Mente e coração reclusos
de vida solitária,
escrita em transito!
Girando "loco por la ciudad"!
Buscando enfim, 
parte de algo
ou algo de mim!


terça-feira, 18 de agosto de 2015

Ferrugento!

A espera de um sinal qualquer,
parado no tempo, assim está!
Preso ao passado, ferrugento!
Com amarras puídas, a pedir licença!
Liberdade de um lugar que não é seu!
Lugar este, criado pra si, mas não seu!
E a espera do sinal, o mantém solene!
Ímpeto único, buscando a si...
"Um dia desamarro os cordões e saio"!

terça-feira, 4 de agosto de 2015

Vida, Vivê-la!

Então saí pra conhecer a vida!
No exato instante que achava,
saber tudo dela!
Surpresa tive, ao saber por outrem, 
que meu desejo não seria tão só conhecê-la,
mas em tudo, qualquer sentido, vivê-la!

terça-feira, 28 de julho de 2015

Me Vejo Quieto!

O sol se pondo,
enquanto me afasto!
Pessoas em nuvens,
desenham com tal destreza,
que eu, me vejo quieto!
Quieto em lugar qualquer!
Pensando em nada,
sem sentido algum!
Talvez, quando o sol 
por fim deitar, 
eu volte!
Volte pro meu prumo certo!
Volte pra lugar nenhum!

terça-feira, 14 de julho de 2015

O Tempo é Senhor do Tempo!

O tempo é senhor do tempo!
Assim como eu, senhor de mim!
Ao tempo, o que for dele!
O resto é meu, enfim!
O que passar, passado! 
O que ficar, presente!
Futuro, não sei...
Leniência, ao que for pra ser,
enfrentamento, ao que me afeta,
afetação, aos que me atingem! 
E o porvir, ao fim, Eterno!

terça-feira, 30 de junho de 2015

Razão vs Coração!

Oh coração!
Por que teimas 
em bater involuntário?
Sem dar ouvidos 
a razão que te coordena!
Será por que, 
é o teu bater que ordena?
Razões que a própria 
razão condena!



domingo, 21 de junho de 2015

¿Hasta Cuándo?

Cada despedida é um fim!
Este se torna um voltar,
a cada brilho nos olhos
de um novo encontro!
¿Hasta Cuándo?


quarta-feira, 17 de junho de 2015

Reflexos Distorcidos!

Quando o espelho nos trai,
mostrando não a imagem real,
mas reflexo de um amor distorcido!
Efígie passada, em tempo atual!
Trás contornos de busca interna!
Onde, te procuro em mim, e a mim em ti!
Afinal, qual lado deste espelho, estamos?
Estávamos tão perto, sem saber, ao longe...
Almas gêmeas, em caminhos opostos?

terça-feira, 16 de junho de 2015

O Poder da Dúvida!

Tenho me pego sonhando!
Dia claro, escuro, noite, sol, sei lá!
Me pego sonhando,
algo que não vem mais!
Será que veio algum dia?
Sonhos, tem o poder da dúvida!
Olhos abertos, pareço ter vivido!
Sinto ainda o cheiro da vivência!
E esta maldita incongruência,
que me faz pensar se já voltei!



segunda-feira, 8 de junho de 2015

Enquanto Aguardo!

Enquanto aguardo,
o tempo passa!
Com seu furor fugaz,
sem dar chances sequer,
para algo "en passant",
que não se fez notar!
Eu relapso não noto,
o que o espelho esconde, 
em seu pó uníssono de cristais,
Reflexos de um ontem hoje!
Um passar de nós!
E quanto mais aguardo,
mais o tempo passa!
Mas enfim,
a quem pertence o tempo...



segunda-feira, 1 de junho de 2015

O Salto!

O deixar fluir!
Enquanto tiver forças pra seguir!
Vencendo a tudo!
Pedras, encostas, galhos 
ou até ...
O que o impeça ir!

sábado, 9 de maio de 2015

Quem Sou?

Vou à rua perdido!
A busca do querer,
poder, ser, enfim...
Me vejo em casas, 
prédios, janelas, portas,
fotos velhas, filmes,
tudo que me traga
de volta ao eu!
O incrível é que nestas
idas e vindas, sem fim,
a cada volta,
não sou de ninguém,
quiçá de mim!


quinta-feira, 7 de maio de 2015

Uma Música Tal!

Uma música tal,
me lembra um alguém,
que não lembro quem!
Mas no fundo sei, talvez?
Ah, não sofro deste mal!
E esta música afinal,
ao tocar, passado vem!
Cada acorde, tom, semitom,
em escalas musicais,
traz algo que nenhuma outra tem!
Desde reportar olhos tais, 
a tempo de tempos vividos!
E um simples lembrar de alguém! 

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Corações Ciganos!

Perdidos por tempos findos!
Cada qual fugindo
de seus "nãos" tiranos!
Destinos opostos,
de caminhos tão próximos!
Dois pólos distintos,
de corações ciganos!

segunda-feira, 30 de março de 2015

O Silêncio!

O barulho do Silêncio, por vezes, 
nos faz sentir seu estampido!
Mesmo estando a sós!
Quietos, num canto esquálido,
desde que pensando em nós!
Mas o que é o Silêncio?
A falta de ouvir tua voz?
Não pode!
Se estamos a segundos de nos ouvir,
sem fios pra nos prender!
Mas então, o que é o Silêncio?
É a falta d'eu falar em mim,
para mim, e me ouvir assim,
dando o tempo meu,
tão somente para este, 
solitário eu!

terça-feira, 24 de março de 2015

Te Sigo ao Longe!

Te sigo ao longe!
Como quem não quer ser visto,
e se esconde atrás de si!
Te sigo ao longe!
Sem saberes que te sigo,
mas deixando o rastro 
do meu eu em ti!
Te sigo ao longe!
Sentindo o gosto de te ver,
sem a certeza que me vês!
E as redes todas a meu favor,
ao mesmo tempo, contra nós!
Te sigo ao longe!
Sem saber até quando!


Palavras, Sorrisos...

Sorrisos fácies não me conquistam mais!
Como palavras soltas, se perdem ao vento!
Assim como o tempo perdido no ar!
Falácias julgadas, não por mim,
mas por si só, são falácias!
O que digo, o que dizes, 
o que dizem, não sei!
Serão concretas se atitudes
solidificarem a força das palavras!
Antes disso, não!
Serão somente Palavras, Sorrisos...

terça-feira, 10 de março de 2015

Deixa Assim!

Deixa Assim!
As coisas como estão, 
serão melhores assim!
As roupas no chão!
Sentimentos Vão, 
jogados, enfim!
Deixa Assim!
Cada qual pro seu lado!
Mundos opostos, 
a espera de um sim,
em entre linhas mostrado!
meu sorriso triste,
ao afastar-te de mim!
Ao olhar-te num sonho!
Te perder e ainda assim,
...deixa Assim!



Te Amo, Simples Assim!

Te Amo!
Simples Assim!
E por que, o querer confundir?
Se no caos da Solidão,
teu rosto é uma miragem!
E o andar com o vento contra,
me cega tua imagem!
É como que pressinto
um tentar de afronta!
E como por instinto,
saio desesperado atrás,
da Voz do Coração!

E Chega Março!

E chega Março!
Como quem entra 
sem pedir licença!
Abrindo as portas
que trancam o Tempo!
E chega Março!
Como uma mão de ajuda!
Como um afetuoso Abraço!

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Hoje Paro!

Hoje paro!
Sento a mesa e fico olhando,
folhas de papel, canetas, 
o teclado e seus botões alfabéticos, numéricos, simbólicos,
querendo falar algo ...
Por alguns segundos 
penso em abandonar tudo, 
fugir para onde não pense!
Não pense sobre o que fazer com os problemas!
Não pense sobre o que fazer com coisas 
que a mim não cabem pensar!
Não pense sobre o que fazer com pessoas,
que não dão a mínima sobre o que outros pensam!
Não pense sobre o que fazer com caras amarradas, 
carrancudas, de reprovação a tudo!
Continuo olhando para a caneta e as teclas, 
que como mágica, tem o dom de transformar letras 
em palavras e estas, agrupadas, em textos!
Mas onde estão estes textos?
Idéias vazias sobre o que escrever!
Nada, só um espaço devoluto!
Esqueço...
Hoje paro!
E em silêncio me afasto!                                   
              




quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Certo ou Não!

Por que a vida,                           
de quando em vez,
parece descarrilar?
Como um tropeço ao sonho,
solavanco involuntário!
Nos joga ao chão sem cair!
Nos faz levantar e seguir,
como sem opção!
A provocar uma reação, 
mesmo que inconsequente,
me torna temente,
de estar certo ou não!

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

As Portas Trancadas!

Ah, essas portas!                                   
Algumas trancas intransponíveis,
ainda ocultas para nós!
Portas que o tempo fez questão de selar!
E que, por capricho ou medo,
nos encarregamos de escondê-las!
Num canto escuro a não vê-las!
Mas isso só desfaz o encanto!
O que fazer no entanto?
Traduzi-las do Esperanto,
e então, abri-las em nós…






quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Longe ao Longe!

Longe, ao longe!              
Distante ao ver!
O Sol pendente
como a cair!
Fim de tarde aqui
mas não sei aí!
Fuso horários confusos
embaralham meu olhar!
Que temem o não saber
pra onde!
¡Sólo para la puesta de Sol!



domingo, 18 de janeiro de 2015

Me Acosto na Espera!

Perdoe meu jeito!                             
Talvez não seja esse, o teu!
Nem mesmo sei ser esse, meu!
Quando te quero e não posso,
ao menos no tempo te vejo!
Se o desespero prospera,
ao me restar algum tempo,
me acosto na espera!
Senão, me vejo partir!  

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

O Sempre!

Que distante parece o ontem!
O que dirá então do Passado!
Mesmo distante, mas Presente, 
e se presente, é Hoje!
Ontem confunde-se com Hoje,
estranho jogo de Tempo!
Onde inúmeros dias mesclam-se 
com o dia Exato!
E o agora, é o Sempre!
O Sempre que começou no Passado!
O Sempre que continua Presente!
O Sempre que será Futuro!
Num complexo TE AMO, aí sim, 
O Sempre!



terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Depende de Mim!

Há coisas pra acontecer,                                
que só dependem de mim!
Sendo assim, removo estorvos, 
óbices ou transtornos que pudessem me abster!
Como amofina não depender de mim!
Se não, nada tenho que faço,
nada tenho que resolva!
O resolver me impregna
de uma vontade do fazer!
E ao fim, resolvido ou não, 
o simples fato do feito,
o buscar do tento,
resolver o alento,
enfim, 
tranquilo me deito...