Estranha vista de galhos secos,
extraviado cenário de outono?
Um cinza frio a esconder as cores,
luzes, brilhos, sonhos de nós tórridos!
Estranha vista esta, por estar confusa,
num semelhar de outono, perdido,
em meio ao dever dum hoje,
ser um “Setembrar” de primavera!
Indícios de um que, dúbio e louco,
tido por poucos como ano não!
Indago aqui, no meu eu solo!
Teria essa teleobjetiva vida própria, cinza,
ou as cores estariam internas num eu feliz?
A independer de estações, olhares, máquinas,
sendo misto de sombra, sonhos e cores,
a perder-se numa rua, crua,
mas com a vida solta em Paris!