terça-feira, 31 de março de 2020

Escusa-me!

Ao pedir-te escusas, não vejo, 
meu eu curvar-se, mas sim,
o erguer de minha consciência!
Para um dia, te olhar aos olhos,
sem culpa, rancor, fuga ou dor!
Ao ver-te bem, como a mim também,
me recorde sonhos, perdidos, vãos, 
sem jamais me deixar crer, 
em sonhos assim, vazios,
por saber, que sonhos são sonhos,
sejam esses, em duo, ou em solidão!



terça-feira, 24 de março de 2020

E Então...

Será que é mesmo assim? 
Um tempo inteiro ao lado!
Em outro, infinitamente longe! 
Favor, me explica, se sim!!
Se a vida, realmente é assim?

Pronomes em Linhas!

Conversemos mais, 
sobre tu, e sobre eu, 
deixemos afora, o nós!
Simples pronomes retos,
e que pessoal já fora,
mas que a distância,
de uma impessoalidade, atroz,
tomou pra si, o poder de veto!
Cruzadas linhas infindas,
por coincidente acaso,
que por, um querer descaso,
linhas, que hoje paralelas, 
sem querer, coexistem nelas! 
 

quarta-feira, 18 de março de 2020

Deixar o Que Será, Ser!

Abutres espreitam,
um fechar de olhos,
pós suspiros fundos!
Em continência estreita,
de nos culpar ao mundo,
sob auspícios de extermínio,
histéricos de pragas livres!
Deixar o que será, ser,
num intuito de agir, sim,
um eu, sem rótulos,
sem aceitar o não, do ter! 

quarta-feira, 4 de março de 2020

Num Coração Tórrido!

Um querer incessante esquecer!
Apagar de si, algo que não sai destarte!
Tentar limpar o impregnado, instigado, 
justo por ser tatuado num coração,
que jura, ser num tom gélido,
mas que queima num amor tórrido! 


Luzes de Um Som!

Ao perceber que algo estranha,
as luzes de um som, ao perder-se no ar,
com mínimas chances de segurá-lo, 
e deixá-lo ir, perdendo-o entre as mãos! 
Estar atônito, quedo, cético ao esvair,
no ar, tal sonoridade tamanha, 
que sem explicar, arranha um olhar,
perdido aos céus, a catar o som!