Assim como entro, saio!
Da forma como chego,
me afasto!
Confesso que não entendo,
o porquê deste jeito nefasto!
Se de cada segundo gasto,
o que resta?
Sei lá...
O sorriso a nós pertence!
E só de nós depende mantê-lo!
De nada custa,
e só bem faz mostrá-lo!
Porque então calá-lo!
Se a falácia de não tê-lo,
representa,
um Eu espúrio,
do Eu modelo?
O simples fato de te afastar,
tem o efeito de te aproximar,
a cada dia mais e mais de mim!
Quanto a dor,
vou deixar num canto!
Vou pegar o encanto,
e me aconchegar!
Num lugar qualquer!
Onde te encontrar!
E te acomodar
no meu peito!
Do meu jeito,
assim de ser!
Ah esse teu sorriso!
Inebriante
ao mesmo tempo impetuoso!
Longínquo,
porém, sem sumir aos olhos!
Ah esse teu sorriso!
Obra Divina, que talvez me alucine,
e faz temer o acordar!
Ainda te entregas,
ao mordiscar os lábios?
Ou preferes
simplesmente mostrá-lo?
Ah esse teu sorriso...
Inexorável é fugar deste!